domingo, 19 de agosto de 2012

2012

Acabei de ler o último post desse blog e realmente, mesmo um ano depois de postar, ainda estagnado e perdendo cada vez mais aquele sentimento forte ao qual tinha sobre realizar alguma mudança significativa.
Agora mesmo no meio da noite, fiquei revoltado, pois não queria dormir cedo, nem fodendo queria (e ainda não quero).
Assim, estou aqui para desabafar, me perguntei o porquê de meu desinteresse ainda estar em alta, então concluí para minha namorada "parece que eu estou correndo atrás do meu próprio rabo!" sem explicação nenhuma esta deve ter sido uma frase absolutamente non-sense, mas o que queria expressar era a ideia de que mesmo que eu estude, faça tudo certo, realize meu trabalho de forma formidável, a luta do dia-a-dia nunca irá terminar, trabalhar/estudar sempre será uma tarefa a ser cumprida, então uma insatisfação sempre estará me acompanhando, porque estou a reprimir tudo que gostaria de fazer para ter de realizar essas obrigações dia após dia da minha vida.
A ideia vai mais longe quando penso que preciso fazer para ser feliz, queria não ter todas essas obrigações, não é gostar do que faço para viver, não sei se isso existe e posso afirmar sem nenhuma pesquisa em minhas mãos que se as pessoas pudessem não-trabalhar ao invés de trabalha, logicamente, não trabalhariam, posso arriscar a pensar que talvez gostassem do que fizessem para sobreviver, mas sobreviver seria uma consequência do que gostam de fazer e não o que realmente acontece, realizar uma atividade obrigatória para poder sobreviver.
Enfim, a questão agora para mim é "eu estou sendo mimado em meu pensamento ou realmente deveria me sentir inconformado a essa condição de existência de ter de realizar obrigações praticamente todo dia?"

Outra coisa que realmente não posso afirmar é a de que eu estaria satisfeito em minha existência caso não existissem obrigações de trabalho e estudo. É uma questão antiga, muito pensada desde os primeiros filósofos de cada parte desse planeta, mas enfim, foda-se to com sono e vou dormir (quer dizer, tentar)

Com tanto desenvolvimento tecnológico, filosófico, ou em qualquer área que se imaginar, sinto ainda uma idiotice na minha existência, a de estar inserido em um ciclo infinito de trabalho e sobrevivência.

Que garotinho mimado. Talvez (na verdade, parece provavelmente)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Faz tempo

Nenhum pensamento importante, nenhuma grande preocupação, na verdade eu não deveria estar escrevendo aqui, acho.
Mas vou relaxar um pouco e escrever.
Nesses tempos sendo totalmente honesto comigo(o que eu geralmente tento ser), acabo me vendo em casa, perdendo cada vez mais minhas habilidades na dança e a minha curiosidade pela psicologia, que parece que acabou no meu primeiro ano de faculdade. Não sei o que há, falta de sofrimento me parece a resposta pela minha falta de gana pelas coisas ao qual me importava. A dança não me inspira mais, a psicologia não parece mais algo que eu procuro, já que tudo parece resolvido, ou parece que eu quero ver tudo resolvido. Esqueço aos poucos como é sofrer e no decorrer desse caminho me dessensibilizo com os sofrimento alheios ao qual parecem para mim, terem sumido, mas é lógico que não, ainda há aproveitamento de pessoas sobre pessoas, ainda há exploração e pessoas que deixam pessoas na miséria e sem condições de uma vida digna, não faço pesquisas, mas acredito que isso seja uma verdade. Talvez eu veja algum dia de perto tudo isso ao qual estou ignorando.
Parece-me que quanto mais o tempo passa, mais aquele jovem entusiasmado, fortemente inconformado e enfurecido clamando por mudanças vai desaparecendo. Aquilo que me movia antigamente, que era fazer mudanças, ajudar pessoas aos quais não tem a oportunidade de terem uma vida satisfatória, no sentido claro que elas não seriam felizes o tempo todo, mas pelo menos poderiam lutar em condições humanas por elas, mas é claro, felicidade não é eterna para ninguém. Só não queria pessoas trabalhando arduamente o dia todo para no final do dia não ter nem como se alimentar para o próximo dia, nem poder oferecer alguma educação e ter condições como um lugar seu para dormir. Não consegue sustentar nem um lar para sua necessidade, levando em conta sua família, seus filhos que não tendo culpa de nada e tentando ajuda-los ao máximo não consegue dar condições para que tenham uma boa formação.
Esse texto é uma hora ao qual me expresso aqui, uma pessoa que mudou muito, especificamente, não seu jeito de pensar, mas que suas motivações mudaram, o que o inspirava também mudou. Ao qual foi a passagem para alguém que parece ter se conformado e está com preguiça de mexer um dedo, já que sua situação agora é de sem preocupações.
Preguiçoso... acho que é nesse estado que se encontra.